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São Paulo Futebol Clube

 

O São Paulo Futebol Clube (conhecido apenas por São Paulo e cujo acrônimo é SPFC) é uma associação esportiva brasileira. Fundado em 1930, e refundado em 1935 após um breve período de inatividade, é um dos principais clubes esportivos do país e do mundo. Possui alguma tradição em outros esportes que não o futebol — sua principal modalidade e única profissional —, tais como o atletismo e o boxe.

É o clube mais bem sucedido do futebol brasileiro.[2] Conquistou vinte e dois campeonatos estaduais, seis Campeonatos Brasileiros, três Libertadores e três Mundiais.

De acordo com a empresa Crowe Horwath RCS, a marca do clube é a terceira de maior valor no Brasil, ultrapassando os 550 milhões de reais e ficando muito próximo ao Flamengo (com 568 milhões) e ao Corinthians (com 563 milhões). Essa posição foi obtida graças a um incremento de 234% em bilheteria e 93% no marketing, além de possuir o Estádio do Morumbi.[3][4]

No âmbito nacional, o São Paulo Futebol Clube só deixa de estar na primeira colocação no ranking da CBF, onde aparece em quinto.[5] Já pelas classificações da revista Placar,[6] Folha de São Paulo[7][8] e RSSSF[9] ele aparece sempre em primeiro.

O Tricolor do Morumbi, como é conhecido popularmente, também é um dos maiores clubes do mundo ocupando a sexta colocação segundo a Folha de São Paulo.[10][11] Pelo ranking da CONMEBOL, o clube é o primeiro entre os brasileiros[12][13] e o sétimo em toda a América Latina.[13] Já para a IFFHS, órgão de estatística reconhecido pela FIFA[14][15] e que produz mensalmente um ranking de clubes, o Tricolor Paulista, outro nome pelo qual é conhecido, é o 27.º melhor clube atualmente[16] e o 18.º melhor de todos os tempos,[n.b. 1] sendo o primeiro entre os clubes brasileiros.[17]

Em 18 de outubro de 2006 foi sancionada na cidade de São Paulo a lei n.º 14 229 de 11 de outubro do mesmo ano e cujo projeto de lei era de n.º 648 de 2005 onde fica definido que no dia 16 de dezembro de cada ano será comemorado o "Dia Tricolor", homenageando, dessa maneira, a data de refundação do clube.[18][19]

História

 
Placas das fundações do clube em 1930 e 1935 expostas no memorial Luiz Cássio dos Santos Werneck. (Imagem: tales.ebner)

No dia 26 de janeiro de 1930 foi assinada a ata de fundação do São Paulo Futebol Clube, nascido da união entre a Associação Atlética das Palmeiras e o Club Athlético Paulistano ficando como data magna do clube o dia 25 de janeiro de 1930, dia e mês em que foi fundada a cidade de São Paulo. Conservando as tradições do passado, o uniforme do novo clube estamparia as faixas vermelhas e pretas em homenagem aos dois clubes fundadores.[20]

Jogadores do primeiro título ganho pelo clube, o Paulista de 1931.

O São Paulo ainda herdaria o campo pertencente à Associação Atlética das Palmeiras, a chamada “Chácara da Floresta”, razão pela qual passou a ser conhecido como "São Paulo da Floresta" em seus primeiros anos.

Como conquistas, o Tricolor Paulista venceu o Campeonato Paulista de 1931 em seu segundo ano de existência, e conseguiu sagrar-se vice em 1930, 1932, 1933 e 1934. Foi também vice-campeão do Torneio Rio-São Paulo de 1933. Portanto, o Tricolor Paulista, clube recém fundado, estava no topo do futebol local, um fato extraordinário, mas nem tanto se levadas em considerações suas origens vencedoras.[20][21]

O São Paulo comprou, então, uma nova sede, suntuosa, localizada na Rua Conselheiro Crispiniano (no centro da cidade), um pequeno palácio conhecido como "Trocadero", ao custo de 190 contos de réis.[21] Essa dívida era grande para a época, porém o clube, detentor de um campo como o da Floresta e um quadro de jogadores que valia muito, não se deixava abalar por isso. Porém alguns dirigentes do clube, que andavam descontentes com os rumos do futebol no país, resolveram fundir-se com o Clube de Regatas Tietê e acabar com o departamento de futebol. Outro grupo, favorável a continuidade do clube, e liderados pelo doutor Paulo Sampaio foram à Justiça e, no dia 23 de abril de 1935, impugnaram o direito da diretoria fundir o clube com o Tietê sem que a opinião dos sócios fosse ouvida.[22]

Os sócios obtiveram ganho de causa mesmo após a defesa da diretoria do clube. A diretoria não teve outra saída senão convocar uma assembleia geral. Porém o artigo 2.º dos estatutos do clube á época dizia que somente os "sócios fundadores", considerados "proprietários" do clube e que somavam 200, poderiam compor a assembleia. Como a maioria deles era ligado à diretoria a fusão foi aprovada no dia 14 de maio de 1935.[22] Nesse dia, e debaixo de chuva, o departamento de futebol foi oficialmente extinto e desfiliado da APEA.[20] Com a fusão, a parte administrativa foi fundida ao Clube de Regatas Tietê que incorporou todos os patrimônios físicos e que, em troca, quitaria os créditos do clube e não poderia usar as cores, uniformes e símbolos do São Paulo. Surgia assim o Tietê-São Paulo.[20]

Plantel do clube após a refundação.

Após a fusão com o C.R. Tietê, alguns antigos sócios do Tricolor Paulista, inconformados com tudo o que ocorrera, decidiram restabelecer o clube, surgindo assim no dia 4 de junho de 1935 o Clube Atlético São Paulo. E no dia 16 de dezembro de 1935 ressurgiria o São Paulo Futebol Clube que, depois de tantos empecilhos e ressurreições, ganhou o apelido de "Clube da Fé" do jornalista Thomaz Mazzoni.[20][21][23]

O São Paulo Futebol Clube recebeu o título de "O Mais Querido" durante o período da ditadura Vargas, no qual eram proibidas as ostentações das bandeiras estaduais. Na ocasião da inauguração do Estádio do Pacaembu em 27 de abril de 1940, o Tricolor Paulista entrou ostentando o nome e as cores do time que são as mesmas do estado de São Paulo. O estádio inteiro e os locutores de todas as rádios, revoltados com a censura, driblaram-na aplaudindo de pé o time que carrega até hoje as cores vermelho, preto e branco.[20]

Estádio do Pacaembu, onde o clube conquistou o apelido de "O Mais Querido". (Imagem: Heitor Carvalho Jorge)

No dia seguinte, o jornal A Gazeta Esportiva estampava em sua capa a manchete "O Clube Mais Querido da Cidade". Passado mais um tempo, o DEIP — Departamento Estadual de Imprensa e Propaganda — promoveu um concurso público entre torcedores de todas as agremiações da época. Com Corinthians e Palestra Itália sendo favoritos — pois possuíam as maiores torcidas —, o vencedor acabou sendo o São Paulo com 5 523 votos, mais que a soma de votos dos seus dois principais concorrentes. Até hoje o slogan "O Mais Querido" figura entre os impressos de correspondência do clube.[20]

Leônidas da Silva junto com outro ídolo tricolor, Friedenreich.

Porém foi somente em 1942 que tudo mudou para o clube com a contratação mais cara do futebol da época: Leônidas da Silva. Ele fora contratado para que o clube conquistasse seu segundo título paulista.[20] E deu certo! Na reunião que definiria o calendário do Paulista de 1943 na sede da Federação Paulista um dirigente do Corinthians disse que o encontro não era necessário pois, ao lançar uma moeda ao ar, o campeão seria definido: se desse cara o campeão seria o Corinthians e se desse coroa, o Palmeiras — antigo Palestra Itália. Ao ser questionado sobre o São Paulo pelo representante tricolor, o dirigente respondeu que se a moeda parasse em pé o campeão seria o São Paulo e se parasse no ar seria a Portuguesa.[24] Realmente até aquele momento o Tricolor era tratado com um time mediano que não rivalizava com os rivais supracitados. Dessa maneira se iniciou o campeonato, com o São Paulo disposto a quebrar a hegemonia de Corinthians e Palmeiras. Até que no último jogo, contra o Palmeiras, o São Paulo segura um empate sem gols e fatura o título do ano em que a moeda caiu em pé.[20] Por conta dessa conquista o então Grêmio são-paulino fez uma marcha à noite com um carro alegórico que continha uma moeda em pé somente para ir buscar a Taça dos Invictos no prédio de A Gazeta Esportiva.[25]

A partir daí o Tricolor do Morumbi conquistou cinco títulos na década de 1940, com o Paulista de 1943, os bicampeonatos do Paulista de 1945/Paulista de 1946 e Paulista de 1948/Paulista de 1949.[20][26]

Vista aérea do estádio do Morumbi e de parte do distrito que o abriga. (Imagem: fotosedm)

Em 1950 o craque do clube, Leônidas, se aposentou[26] e junto a isso começou a tomar força um movimento para a construção de um estádio. Com isso o clube sanou suas dívidas e partiu em busca de um terreno para a construção.[27] Após o terreno na área do que é hoje o bairro do Jardim Leonor, na região do Morumbi, a pedra fundamental foi lançada e em 1953 teve início a construção com o futebol sendo relegado a segundo plano.[20] Mesmo assim, o clube conquistou os Paulistas 1953 e 1957.

Em 1960 o estádio Cícero Pompeu de Toledo foi parcialmente inaugurado de modo a aumentar a arrecadação do clube.[20] Com todos os esforços sendo desviados para o estádio ainda inacabado, o clube ficou o período entre 1957 e 1970 sem conquistar títulos oficiais. Somente após a inauguração total, em 1970, é que vieram os títulos com os Paulistas de 1970, 1971 e 1975 e o inédito Campeonato Brasileiro de 1977. Houve ainda os vice-campeonatos do Brasileiro de 1971, Brasileiro de 1973 e da Libertadores de 1974.[26]

Telê Santana, técnico que conquistou dois Mundiais e duas Libertadores no São Paulo. (Imagem: tales.ebner)

A década de 1980 se inicia com o bicampeonato paulista de 1980 e 1981 e em 1984 o time forma os chamados Menudos do Morumbi com a liderança do técnico Cilinho, em alusão à banda porto-riquenha Menudo, com vários jogadores vindos da base, entre eles, Müller. Com esse time o clube conquista o bicampeonato brasileiro em 1986 e os Paulistas de 1985 e 1987. Já sem os "Menudos", o clube conquista o Paulista de 1989.[20]

Em 1990 o São Paulo começa mal e coube a Telê Santana recuperar o time.[20] Já em 1991 o time conquista o Paulista de 1991 e o tricampeonado Brasileiro em 1991. Logo após, conquista o bicampeonato da Copa Libertadores da América em 1992 e 1993 e o bicampeonato Mundial Interclubes também em 1992 e 1993. O São Paulo conquistou ainda o Paulista de 1992, a Supercopa de 1993, as Recopas Sul-Americanas de 1993 e 1994, a Copa Conmebol de 1994, a Copa Master da Conmebol de 1996 e o Paulista de 1998.[26]

Homenagem recebida da Federação Paulista de Futebol e do presidente Lula pela conquista do tricampeonato mundial. (Imagem: Ricardo Stuckert/PR)

Com as conquistas do Campeonato Paulista de 2000 e do Rio-São Paulo de 2001 o time parecia engrenado, mas foi somente com uma reformulação no elenco[20] que o time conquistou, em 2005, o Campeonato Paulista, a Libertadores da América e novamente o mundo.[26] Após essa conquista o desmanche no elenco foi inevitável.[28]

Durante os anos de 2006, 2007 e 2008 o clube tentou a conquista da América e do mundo novamente, mas sem sucesso.[29] Coube então ao time se esforçar para a conquista do inédito tricampeonato brasileiro de 2006, 2007 e 2008.[29]

 

Símbolos

O Tricolor Paulista teve, ao longo de sua história, o mesmo nome, as mesmas cores, o mesmo escudo, o mesmo uniforme e a mesma bandeira.[30]

Os fundadores do São Paulo Futebol Clube queriam um nome, cores e formas que representassem suas vontades como esportistas. Para isso, foi retirado o vermelho do C.A. Paulistano, o preto da A.A. das Palmeiras e o branco de ambos, simbolizando a união dos times em um outro, maior. Assim nasciam as três cores do clube.[21]

Já o escudo e os uniformes do São Paulo Futebol Clube foram desenhados pelo estilista alemão Walter Ostrich,,[31] simpatizante do novo clube em formação, com a colaboração de Firmiano de Moraes Pinto, um dos presentes à fundação.[20]

Escudo

Estrelas localizadas acima do escudo do clube. (Imagem: tales.ebner)

De acordo com o estatuto do clube, o símbolo do Tricolor Paulista é formado por um triângulo isósceles branco, invertido, com base maior elevada por um retângulo com altura igual à metade da lateral do referido triângulo. Dentro dessa parte alongada encontra-se outro retângulo, de cor preta, com as iniciais SPFC em branco. No interior do triângulo uma faixa branca de largura igual a um quarto da lateral menor com dois triângulos escalenos, um vermelho à esquerda e outro preto, à direita.[30]

As estrelas foram introduzidas posteriormente e também tem um significado especial. As duas douradas, introduzidas no escudo em 1955 e, posteriormente, no uniforme em 1997, representam os recordes mundiais e olímpicos conquistados por Adhemar Ferreira da Silva nas Olimpíadas de 1952 em Helsinque e nos Jogos Pan-Americanos de 1955 no México.[30]

Já as três estrelas vermelhas, ao centro, introduzidas em 2000, representam o tricampeonato Mundial conquistado no Japão, nos anos de 1992, 1993 e 2005.[30]

Pelo estatuto não são permitidas inclusões de títulos considerados de menor importância. Campeonatos continentais, nacionais, estaduais ou amistosos jamais poderão ser representados por estrelas.

Uniformes

Origem do uniforme do São Paulo — à esquerda o uniforme do C.A. Paulistano e à direita o uniforme da A.A. das Palmeiras, resultando no uniforme utilizado desde 1930. (Imagem: tales.ebner)
Primeiro time do São Paulo. O uniforme é o mesmo até hoje.

De acordo com o estatuto do São Paulo Futebol Clube, os uniformes tem que ser produzidos de acordo com as normas pré-estabelecidas. É permitida apenas a aplicação de patches nas mangas enquanto o clube detiver o título de determinado campeonato ou por algum outro motivo especial.[30]

Além das mudanças estéticas, houve a mudança na própria estrutura e tecido do uniforme. Até a década de 1970 os uniformes eram produzidos em algodão puro, o calção chegava a ser, por vezes, de brim e os meiões eram amarrados à canela para não caírem. Somente no final dos anos 1970 é que começou a ser usada uma mescla de fibras para, em 1986, o poliéster ser incorporado ao material das camisas juntamente ao algodão. Com isso as camisas ficaram mais leves e não encharcavam como as antigas. Somente no meio da década de 1990 é que o tecido 100% poliéster começou a ser utilizado. Em 2000 surgiram as primeiras camisas que retinham menos suor e com alta capacidade de evaporação. Atualmente os materiais dos uniformes continuam evoluindo com novas composições de tramas para proporcionar aos jogadores a melhor condição de jogo.[32]

Uniforme titular

O uniforme titular é composto de camisa branca com três faixas horizontais à altura do peito sendo a primeira vermelha seguidas pela branca e pela preta. As faixas vermelha e preta devem ter cinco centímetros de largura e a branca deve ter largura igual a 2,5 centímetros. O escudo cobre inteiramente as faixas. Esse uniforme é a mistura perfeita dos clubes que deram origem ao Tricolor do Morumbi, o C.A. Paulistano e a A.A. das Palmeiras uma vez que o primeiro possuía uma faixa vermelha e o segundo uma preta no uniforme. O calção e as meias são igualmente brancas.[30][33]

Adriano com a segunda camisa do clube. (Imagem: Junior Faria)
Uniforme reserva

Já o uniforme reserva é composto alternadamente por faixas vermelhas, brancas, pretas e novamente brancas, todas verticais. Na altura do coração encontra-se o escudo do clube. As faixas vermelhas e pretas possuem 4,5 centímetros de largura e as brancas tem largura de 1,5 centímetros. O calção e as meias são pretas.[30][33]

O uniforme padrão do São Paulo possui diversos tipos de combinações, sempre mesclando partes do uniforme principal com partes do uniforme reserva. Dessa maneira cumpre-se a rigorosa norma da FIFA — de meados dos anos 1990 — de diferenciação de todas as partes das vestimentas dos times em uma partida.[34]

Uniforme alternativo

O uniforme alternativo, conhecido também como terceiro uniforme, não é permitido pelo estatuto do clube. O que não impediu o clube de produzi-los em épocas distintas — 1944, 1966, 1984, 1985 e 2000 —, mas sempre com vida curta (alguns chegaram a ser utilizados em apenas uma partida). Já ocorreu de ser criado um terceiro e um quarto uniformes praticamente iguais aos oficiais porém com pequenas mudanças, tal qual uma gola alusiva aos anos 1980 para a disputa de jogos da Copa Libertadores da América de 2007.[35]

A partir de 2008 a Reebok pretende lançar a cada ano uma "Camisa Oficial da Torcida Tricolor", uma espécie de terceiro uniforme que não entrará em campo em partidas oficiais servindo para vendas à torcida. A primeira camisa desse tipo foi chamada de "Torcida Black"[36] — uma camisa preta com uma listra vertical vermelha e uma branca à esquerda —, já a segunda camisa desse tipo a ser produzida foi inspirada no terceiro uniforme que o time usou em 1966.[37]

 

Uniformes de jogo

  • 1º - Camisa branca com faixas, uma vermelha e outra preta, calção e meias brancas;
  • 2º - Camisa listrada em vermelho, branco e preto, calção e meias vermelhas.
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Primeiro Uniforme
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Cores do Time
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Segundo Uniforme

Uniformes de goleiro

  • Camisa preta, calção e meias pretas;
  • Camisa amarela, calção preto e meias amarelas;
  • Camisa azul, calção e meias azuis;
  • Camisa grená, calção e meias grenás;
  • Camisa rosa, calção preto e meias rosas;
  • Camisa dourada, calção e meias pretas;
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Uniformes de treino

  • Camisa vermelha, calção e meias pretas;
  • Camisa branca, calção e meias brancas.
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Mascote

Representação do Santo Paulo, mascote do clube. (Imagem: tales.ebner)
Ver página anexa: Lista de mascotes de futebol

Até hoje o São Paulo Futebol Clube teve apenas um mascote, que ficou marcada em sua história. Criada na década de 1940 por um cartunista do jornal A Gazeta Esportiva, a imagem do santo agradou a todos os são-paulinos permanecendo até hoje como mascote oficial do clube[30] e pelo fato do verdadeiro São Paulo ter morrido com aproximadamente 60 anos, é representada por um velhinho de barba branca.[48] É chamada de "Santo" Paulo para não confundir com o nome do clube.[49]

Entretanto, a partir de 2009, o torcedor são paulino adotou o personagem assassino Jason Voorhees dos filmes de terror da franquia Sexta-Feira 13 como um mascote alternativo, não oficial. Isso se deu pelo fato da equipe reagir de forma extraordinária nos campeonatos, aparentando estar completamente derrotado, mas emplacando diversas vitórias e ressurgindo na disputa por títulos (o melhor exemplo disso é visto na conquista do Campeonato Brasileiro de 2008). Tendo assim relação com o Jason na série de filmes, que sempre morre mas ressurge em um novo episódio.

Hino

O hino do São Paulo Futebol Clube — composto por Porfírio da Paz em 1935 e oficializado em 1942 — passou por diversas alterações até chegar à atual estrutura.[50]

A criação do hino foi um tanto quanto atípica e comovente. Porfírio da Paz em 1935, à época tenente da Força Pública e farmacêutico, acabara de ser informado que perderia sua casa por falta de pagamento e por conta do nervosismo, cantarolava uma canção entoando o nome do clube do qual era apaixonado. Mais tarde e mais calmo, pôs no papel a letra que viria a ser o hino do São Paulo Futebol Clube.[51][52]

Quase tudo que recebia ia para o clube. Quando fui avisado da perda da casa, fiquei desolado. Andava de um lado para o outro, sem saber o que fazer. Mas o amor pelo São Paulo foi maior e, ao invés de desistir, comecei a cantarolar: 'Salve o tricolor paulista' e compus o hino do clube. Foi cantando o hino que eu e minha família deixamos nossa casa.
 

No lançamento do hino em 1942 e contando com diversos segmentos esportivos, Porfírio apresentou o então hino do clube. Mas uma das estrofes em particular, a sétima, causou certas interpretações errôneas. Ela continha a rima «Do Palmeiras também trazes» em referência à A.A. das Palmeiras, clube este que se fundiu ao Paulistano para formar o Tricolor Paulista. Porém o Palestra Itália havia alterado seu nome para Palmeiras o que fez gerar toda uma confusão.[50]

Porfírio então substituiu a palavra "Palmeiras" pela palavra "Floresta", região onde se localizava o São Paulo e muitos outros clubes da época ficando, pois, «Da Floresta também trazes». Por não haver uma ligação estreita com o clube, Porfírio viu-se obrigado a remodelar totalmente a estrofe. Deixando a sétima estrofe do hino da maneira como a conhecemos hoje. O estribilho também fora mudado acrescentando-se o advérbio "já".[50]

Depois de mudado quase que por completo, no dia 29 de abril de 1966, Porfírio pediu licença em uma reunião no Egrégio Conselho Deliberativo para que pudesse cantar o hino definitivo do clube. Aproveitou a ocasião para também doar todos os direitos autorais ao Tricolor do Morumbi.[50]

 

Estrutura

Visão do campo do Estádio do Morumbi. (Imagem: Stan Vonog)

Estádio do Morumbi

Com capacidade para 73 501 pessoas,[53] o Estádio Cícero Pompeu de Toledo, também conhecido como Estádio do Morumbi, foi inaugurado em 2 de outubro de 1960 com o estádio ainda inacabado e sua primeira partida foi entre São Paulo Futebol Clube e Sporting Lisboa de Portugal, sendo a partida vencida pelos donos da casa pelo placar de 1 a 0. O gol dessa partida foi marcado pelo jogador Peixinho. Em um cruzamento, ele mergulhou para cabecear a bola próximo do chão. Desde então essa jogada ficou conhecida no Brasil como "gol de peixinho".[20][54]

A inauguração total se deu em 25 de janeiro de 1970 em uma partida entre o Tricolor Paulista e o Porto, também de Portugal, que terminou empatada em 1 a 1 com gols de Vieira Nunes para o Porto e Miruca para o São Paulo.[20][54]

É o terceiro maior estádio do Brasil, sendo o primeiro entre os estádios particulares. É também o oitavo maior estádio pertencente a um clube no mundo e está na 38ª. colocação geral.[53]

Foto panorâmica do estádio visto a partir do setor de arquibancadas amarelas. (Imagem: tales.ebner)
Foto panorâmica do estádio visto a partir do setor de arquibancadas amarelas. (Imagem: tales.ebner)
Complexo Social

O Complexo Social Manoel Raymundo Paes de Almeida[55] é o espaço destinado ao lazer de seus sócios e está localizado em uma área total de 85 mil metros quadrados, sendo considerada uma das mais imponentes sedes sociais do Brasil. Possui infraestrutura suficiente para atender aos sócios do clube e também aos esportes amadores.[56]

Morumbi Concept Hall
Corredor interno do Morumbi Concept Hall. (Imagem: tales.ebner)

Nessa área o clube pretende aumentar a circulação de pessoas e gerar receita fora dos dias de jogos, além de fortalecer a marca. Entre os empreendimentos estão o Santo Paulo Bar, Livraria Nobel, Espaço Únyco e Rbk Concept Store.[57]

Fachada do Memorial do clube. (Imagem: tales.ebner)
Memorial

O Memorial Luiz Cássio dos Santos Werneck foi inaugurado em 1994 para mostrar as conquistas dentro e fora dos gramados. Além disso se preocupa em mostrar pontos importantes da história não só para o clube, mas para todos os esportes já praticados no São Paulo.[58]

Ídolos

Rogério Ceni, ídolo do clube. (Imagem: Ricardo Stuckert/PR)
Arthur Friedenreich, El Tigre, em uma de suas passagens pela seleção brasileira, antes de ir para o clube do Morumbi.

O São Paulo contou, ao longo de sua história, com jogadores e técnicos de destaque no futebol do Brasil e do mundo. Dentre os jogadores que passaram pelo clube podemos destacar Friedenreich e Zizinho (respectivamente o primeiro e o terceiro grande craque brasileiro), Leônidas da Silva (inventor da bicicleta no futebol, conhecido como "Diamante Negro" no Brasil e "Homem de Borracha"), Canhoteiro (um dos maiores dribladores que o Brasil já conheceu), Raí (o líder do time na década de 1990) e Rogério Ceni (o maior goleiro artilheiro do mundo). Entre os técnicos estão Rubens Minelli (conquistou o primeiro Campeonato Brasileiro do clube), Telê Santana (o técnico que mais ganhou títulos pelo Tricolor do Morumbi, com dez conquistados) e Muricy Ramalho (o primeiro técnico a ser tricampeão brasileiro por um mesmo clube e que conquistou o primeiro tricampeonato do clube pelo Brasileirão).

O São Paulo Futebol Clube é também o clube que mais cedeu jogadores à seleção brasileira em Copas do Mundo.[20] Além de ser um dos dois únicos clubes, junto ao Palmeiras, a ceder jogadores em todas as cinco conquistas brasileiras da Copa do Mundo e é o único clube do mundo a ter jogadores convocados para todas as Copas do Mundo após a Segunda Guerra Mundial — de 1950 em diante.